Tamanho não é documento II
- italo prota de sa
- há 17 horas
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Está meio na que na moda chegar a conclusões falsas através de dados numéricos verdadeiros.
Em relação ao “tamanho”, outro dia ouvi um “sábio” defendendo o desmatamento da Floresta Amazônica com o seguinte raciocínio:
A Terra tem 510 milhões de quilômetros quadrados sendo apenas 150 milhões a superfície terrestre e o restante é água. Tirando os centavos, é isto mesmo. A área da Floresta Amazônica é de 6,5 milhões de quilômetros quadrados dos quais 4 milhões ficam no Brasil e o restante se esparrama por todos os países da América do Sul exceto Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. Em termos relativos, a floresta representa “apenas” 1,20% da superfície total do planeta, logo é matematicamente impossível que tenha influência relevante sobre o clima global e a conclusão “lógica” do sábio é que podemos desmatar a floresta à vontade. Nada mais estúpido, mas ele foi aplaudido pela plateia. Atingiu o seu objetivo.
Agora eu. A Floresta Amazônica não é relevante para o clima global, mas é fundamental para o clima da América do Sul e, especialmente, para o Brasil. A região que concentra a maior parte do PIB agropecuário (todo o Sudeste exceto a área litorânea, todo o centro oeste, parte do Sul e do Nordeste e da própria Amazônia) tem as suas chuvas diretamente dependentes do bom estado da floresta devido a sua evapotranspiração. Até o gelo e a neve dos Andes dependem diretamente da floresta e. por isto ambos estão acabando.
Em relação ao clima, precisamos cuidar da Amazônia para defender o Brasil e o nosso bolso.
A Floresta Amazônica é muito badalada por causa do seu tamanho, da sua diversidade animal e vegetal, da sua riqueza mineral, dos povos originários (nossos índios) e da sua beleza. Por isto deve ter sido para sediar a COP 30 no Brasil.
Tudo que for feito para proteger a floresta vale e o que não for feito, nós brasileiros pagaremos o pato. Aliás, já estamos pagando.
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