Em relação às mudanças climáticas, precisamos investir bilhões para economizar centenas de bilhões de prejuízos. Todavia, nada é mais politicamente ilusório do que isto no atual clima político, e o consenso de avestruz que governa é o de ignorar os problemas grandes demais (e globais) para resolver.
Tudo isto se resume numa infeliz e óbvia constatação: ninguém quer abrir mão do conforto e da mordomia que a sociedade do consumo oferece para os medianamente posicionados na escala social e que, atualmente, só é possível com a queima de combustíveis fósseis e a depredação do meio ambiente.
Há poucos dias um grande amigo me disse: "nós pegamos a melhor época do mundo para viver". Um outro ouviu e disse: "em compensação, vamos deixar o pior dos mundos para os nossos netos". Ai...
O longo prazo para os político nunca ultrapassa os dois anos (as próximas eleições), para os contadores é um ano, para ao assalariados é o fim do mês. Desta forma, quem irá se preocupar com a próxima década? Ninguém. O problema é que é lá que vamos viver.
O negacionismo das mudanças climáticas favorece o “consenso de avestruz”.
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